Do ENEM 2007

Trouxe o mp3. Claro que não para ouvir durante a prova, né. Mas para ter algo para fazer enquanto a hora da prova não chega. E considerando que vou passar as próximas 5h lendo e escrevendo sobre algum tema social e bobo, encher minha cabeça com alguma narrativa de livro não pareceu sensato. E como o tédio foi maior do que pensei, aqui estou escrevendo num pedaço de papel higiênico ultra-maio de folha dupla e florzinhas em baixo relevo um post pro blog. (E isso de alguma forma me lembra o Henrique e seus posts perdidos em cadernos, que, segundo ele, eram os melhores de todos.)

Saí de casa no horário, porque resolvi que o café da manhã seria suficiente. Mas coloquei na bolsa maçã, biscoitinho e barra de cereal sabor banana que vem com umas passas que eu tenho que ficar catando. Coloquei caneta, duas borrachas, outra caneta e uma lapiseira com 3 pontas de reserva. Trouxe o gabarito do questionário socio-econômico de 223 perguntas. Mas, como não poderia deixar de ser, algo saiu errado: esqueci o documento de identificaçã, minha gloriosa identidade. Tive então que assinar uma declaração, carimbar com a digital e tudo. Vou passar a semana com o dedo azul, acho, porque já esfreguei horrores e não sai. Ótimo. E já tá começando a me dar sono. Maldita prova no domingo de tarde, ninguém merece perder o ócio de domingo assim. Ainda mais pra ser o centro das atenções da sala, com o nariz desse jeito.

(Escrito num pedaço de papel higiênico que achei dentro da bolsa hoje.)

ouvindo: Bebe água galinha, Babau do Pandeiro. (Hahaha, o cara é muito bom.)
lendo: Tender is the night, F. Scott Fitzgerald.

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