Da nova dieta

Não que eu esteja querendo emagrecer 10kg em uma semana e vá passar três dias seguidos só bebendo água e comendo biscoito cr-cr ou que tenha decidido mudar completamente meus hábitos alimentares da noite pro dia. Longe disso. É só que andei pensando nas coisas que como, nas coisas de que tenho medo e em todas aquelas aulas de química e biologia e nos filmes mostrados pelo professor de geografia.

Como muita coisa que nem queria tanto só por preguiça de ir procurar uma outra ou pra não ser a única diferente num grupo. Como quando chego em casa e no almoço a salada é apenas aquele broxante combo alface-tomate-cebola e eu não vou preparar nada mais cheios de verdurinhas felizes porque já tou atrasada pra sair de casa novamente. Ou sabe quando você está entalado numa festa de aniversário e passa o garçom com um copo de refrigerante? Sempre penso em todas as coisas corrosivas de estômago ali naquele líquido, nos corantes e no açúcar refinado, na minha propensão a gastrite também, mas vendo todo mundo ali ao meu lado tomando sem medo, acabo entregando os pontos. Por que água de coco é mais caro do que coca-cola? Por que festas quase nunca servem suco de acerola? Acho um absurdo.

Sem falar que ando meio ansiosa com essa história de vestibular-rewind-forever, então não é difícil passar o dia inteiro levantando pra comer qualquer besteira na geladeira só pra me distrair dos livros. Isso é ruim porque além de não estudar eu fico comendo sem nem ao menos estar com fome, é só pra passar o tempo mesmo. Aí as comidas acabam perdendo metade da graça que têm.

Até aí dá pra ir levando numa boa, mas olha, quando as suas roupas começam a mandar mensagens de você-ganhou-peso-hein, é uma coisa. Quando as outras pessoas vêm pessoalmente dizer isso pra você, é outra. Muito constrangedora até, por sinal. E pensar que há alguns anos eu era praticamente desnutrida, umas perninhas de vareta de dar dó.

Então, eu só queria ser uma pessoa mais saudável e feliz comigo mesma. E meus planos são:

1) Beber diariamente pelo menos 2L de água.
Dizem que é bom pro cabelo, pra pele, pra tudo. Mas esse é o mais chato, principalmente durante o período de aulas, porque a pessoa fica indo ao banheiro toda hora.

2) Comer mais fibras e mais frutas.
Não é nem que eu não goste ou não tenha hábito, é só que entre lavar, descascar e comer uma fruta, já devorei duas bolas de sorvete de chocolate. O que não é muito bacana a-nível-de efeito acumulativo ao longo de semanas.

3) Mastigar mais, comer mais devagar.
Só engolir as coisas piora a digestão e faz a pessoa comer mais, porque a sensação de saciedade demora a chegar, dizem.

4) Diminuir carne/frango/embutidos.
Não morro de amores por carne nem por frango, pra falar a verdade. (À exceção de alguns pratos como filé ao molho madeira, nham.) E quando penso naqueles bichos criados à base de hormônios e antibióticos o tempo inteiro, faço menos questão ainda. Peixes são mais saudáveis, mais gostosos também.

5) Tomar notas sobre a alimentação.
Desde o dia 1set, tou anotando num caderninho tudo o que como durante o dia, que é pra daqui a algum tempo fazer uma avaliação do que é que ando comendo de menos ou demais.

A proposta é levar isso por um mês inteiro. Depois eu venho dizer se mudou alguma coisa e minha vida ficou muito melhor ou se continua tudo na mesma, se a preguiça me fez desistir ou se isso aqui não era apenas uma grande mentira escrita apenas pra diminuir meu peso na consciência depois de passar uma semana comendo salgados mega-calóricos e Fandangos e brigadeiro na hora do intervalo.

ouvindo: Land's End, Patrick Wolf.

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