Da auto-chantagem

Então, né. Estudar tá foda.
Não no sentido positivo da palavra.

Entenda que ficar revendo essas coisas todas é deveras irritante. Não que eu estivesse estudando e me empenhando horrores, também. É só que eu tenho esse talento para exagerar e me fazer de coitada às vezes. Só que isso não me põe melhor e maio já está acabando e eu preciso, de uma vez por todas, pelamordideus minina!, enfiar a cara nos livros.

Porque eu sou boa de lógica e tal, questões de múltipla escolha são tão mais felizes e mais acertadas por mim. Saiu há uns dias o resultado dessa parte do simulado, tirei nota boa e as pessoas me acham altos inteligente porque meu nome apareceu numa listinha. Haha. Agora você vem me perguntar porque uma globulina é insolúvel ou sobre o os efeitos do Plano Marshall no Brasil e eu não sei responder isso em períodos completos ou inteligíveis. (Depois da vergonha na parte discursiva das provas (cujos resultados não quero nem ver), agora eu já sei.)

Comecei a pensar no que me tira a atenção dos estudos, considerando que eu não tenho mais cursos paralelos, mal saio de casa e sou celibatária e quase misantropa. Cheguei à conclusão que o meu problema está todo na minha preguiça e falta de atenção, paradas para imaginar situações improváveis, algum sono e muita vontade de jogar tudo pra cima e ver filmes ou episódios de Heroes deitada entre os meus travesseiros, com sorvete ou cappuccino.

Então o plano consiste em elaborar metas e prêmios, uma coisa meio taylorista: recompensas por produtividade. Assim: uma tarde inteira de Biologia vale um filme bacana; exercícios de Química valem bolo de chocolate; estudar História vale horas felizes de sono com o ventilador no máximo; entender Física premia com partidas de Tetris Battle Gaiden; tal e tal e lá se vai tudinho.

Claro que não vai ser fácil recusar convites gentis de cochilos vespertinos, palavras cruzadas enquanto se ouve música, brincar com gatos malucos e assistir CSI NY. Mas terminei o quebra-cabeça lá das mil peças e isso é uma distração a menos. Eu poderia também fazer um regime que me impedisse de ir à geladeira com tanta frequência. A exceção fica aberta pra tomar banho, porque água gelada acorda a pessoa depois daqueles capítulos magníficos (como sonífero) sobre o Período Regencial e higiene é uma coisa positiva.

Isso e parar de de ficar repetindo que eu sou preguiçosa e não inteligente, porque isso traz energias negativas e o hype do inverno é ser otimista (ou tentar).

ouvindo: Breathe in, Frou Frou.
lendo: revistas de divulgação científica do ano passado.

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