Da vida de (pseudo-)estudante

O cursinho vai bem, obrigada. É basicamente a ele que se resume minha vida nos últimos dias (e assim será até novembro), então gostar fica sendo mais do que uma questão de preferências, vontades satisfeitas ou necessidade. Aproveitar a oportunidade e tentar ter ânimo todo dia quando o despertador toca às seis. Mesmo que você tenha ido dormir às quatro e meia.

Eu até falo com pessoas, veja você. Permanece aquela velha história: se ninguém vem falar comigo, também não corro atrás; mas às vezes surgem ocasiões, como o dia em que fui ao shopping e quebrei o pé. Então as coisas vão fluindo. Sem falar na quantidade de horas de convivência. E convenhamos que tendo aula todos os sábados e até em um eventual domingo, elas acabam sendo bastantes. Diferente dos cursos de idiomas, onde eu nunca conseguia socializar com mais do que três colegas, os quais seriam, pelo resto do semestre, minhas opções de duplas em todas as constrangedoras atividades com diálogos e produção de textos bobos.
(Exceção: a turma de inglês bacana que fazia festas por tudo e que teve o professor dos desfiles que depilava os braços e aquele outro que nos apresentou a Belle and Sebastian).

Com o pé quebrado, nem corro o risco de pegar ônibus lotado ou tomar sol no trajeto parada de ônibus-quarta rua à direita. E tem o portão lateral que abrem só pra mim, porque é mais perto das rampas. Durmo um pedaço da tarde e depois, às vezes, aulas de aprofundamento; às vezes, não. Estudar à noite e sempre menos do que deveria: é assustador ouvir pessoas dizendo que estudam 5h, enquanto eu mal me concentro mais de 1h na mesma matéria.

Finjo que sou inteligente e organizada, não tenho visto filmes, leio um pouco, ouço música mais dormindo que acordada, tento fazer de conta que nunca tenho dúvidas se (mesmo depois de tanto tempo pensando) realmente quero fazer Medicina, com todas as coisas implícitas a isso. Queria voltar no tempo, ter uma máquina de teletransporte, adivinhar o futuro e ter auto-estima; essas coisas fisicamente impossíveis.

Em resumo, para quem tem preguiça de ler:
Tudo diferente e tudo bem igual.

ouvindo: Rugla, amiina.

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