A pior parte de matar uma pessoa impulsivamente é o trabalho que dá depois. No auge da ira (ou de qualquer outro sentimento provocador do delito) você nem percebe o que está fazendo e só toma consciência quando a pessoa fica gelada/pára de se mexer.
Sem ter um método, assim tudo bem pensado na cabeça antes, esconder/se livrar do corpo é uma mão-de-obra enorme. Ainda mais se tudo isso acontece na sua casa e se sua mãe está perto de chegar. Nem sendo canibal ia ter jeito, comer muito rápido é ruim pro estômago, indigestão é uma coisa muito ruim. As pessoas deveriam automaticamente desintegrar quando morressem. Piscar um pouquinho e depois sumir, como os inimigos dos jogos de videogame. E o corpo ali com a boca torta e você pensando, mas que droga, que invenção foi essa, agora vão me descobrir. Você se sente deveras vulnerável.
A primeira coisa que eu pensei quando acordei foi não matar pessoas. (Ou, se estritamente necessário, planejar direito e pelo menos fazer isso num lugar apropriado.)
E também não mais dormir com a luz ligada e ouvindo Tokyo Police Club nos headphones.
ouvindo: Firecracker, Voxtrot.

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