mas também não estaria sendo sincera se dissesse que olho pro que passou e não sinto ainda doer aqui dentro. e enquanto doer, é porque ainda não é perdão.
há muito mais coisas que eu queria ter dito, mas é que, a essa altura já não valeria mais a pena. palavras ao vento, pra ninguém. não tem conserto, nem nunca terá : a delicada estrutura da bolha de sabão se rompeu. nem eu queria que tivesse, esse soneto não merecia uma emenda. e de quem era a culpa pela surdez temporária, pela cegueira transitória? de ninguém, talvez de todo mundo; é que às vezes o cérebro simplesmente pára de funcionar. e no momento em que eu abri as portas - da casa, do peito - é porque houve confiança. mas não se deve confiar tanto no instinto. mas acontece, e a gente segue em frente. e sim, há coisas que ficam melhor quando não ditas.
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