O tempo, aqui dentro da minha cabeça, tem passado bem rápido, mas ao mesmo tempo, bem devagar. Sabe quando você faz um bocado de coisas com gosto de ócio e os dias parecem enormes? Mas aí você para pra pensar e foi ontem você em casa arrumando a mala e tentando não esquecer das coisas importantes. No calendário convencional, duas semanas fora de casa e já estou sentindo falta. É pouco tempo, eu sei. Mas isso é normal, principalmente pra quem quase não sai de casa e viaja sozinha pra tão longe pela primeira vez, não?
Aos poucos, começo a sentir falta de comer macaxeira bem molinha com carne de sol no jantar, aperriando meu irmão, conversando besteira. Falta dos meus gatos vindo dormir ao meu lado ou afofar minha barriga. Falta dos meus pais, um me chamando por apelidos engraçados e tentando me dar aulas de Direito, a outra contando desventuras do hospital enquanto me mandando comer mais frutas todo dia. Essa coisa engraçada que a gente chama de estar em casa. (Mas eu não cheguei na fase chorar no travesseiro, nunca fiz isso nem quando criança.)
E, apesar de alguns acidentes de percurso, do tipo perder a carteira de identidade sabe Deus onde e esquecer a senha do cartão do banco que não usava há tempos (mas acho que já lembrei, ou pelo menos tenho um bom palpite pra tentar amanhã), a viagem vai muito bem, sim. Só tenho preguiça de escrever aqui ou de postar fotos, porque é tanta coisa pra contar que nem sei bem por onde começo e ando meio sem concatenações eficientes.
Estou sumida, mas ainda amo vocês.
Verdade.
ouvindo: Rent a wreck, Suburban Kids with Biblical Names.
lendo: A República, Platão. (E haja paciência, Jesus.)
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