De onde vem a calma

Os dias andam amenos e tento não surtar antes da hora. Uso pouco o computador e fico adiando infinitamente aquele retorno à ortodontista, aquelas cartas e aquela tinta no cabelo. Rabisco bonecos-palito, pinto as unhas de verde e tenho vontade de passar todas as tardes conversando numa mesinha de café com amigos que não vejo há tempos. Mal sei do Pan. Assisto Harry Potter, vou pro show da Roberta Sá, peço dvd do Teatro Mágico emprestado. Gasto mais horas dormindo do que estudando, e sempre digo que amanhã tudo vai ser diferente, mais estudo, 2L de água, nada de gordura trans e falta de exercício. Nunca dá certo, mas, ainda assim - devem ser aqueles comprimidos de vitamina -, amanheço sorrindo, canto no banho e na lavagem de louça do almoço de domingo, gosto desse tempo friozinho, leio no ônibus todo dia de manhã, balinha de gengibre ardendo na língua, óculos de sol enormes e colônia de flor de lima e verbena. Bem melhor assim.

ouvindo: No I in the threesome, Interpol.
lendo: Édipo Rei, Sófocles.

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